José Edgard da Silva, 59 anos, está sendo julgado nesta quarta-feira (7) na 2ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande, quase dois anos após matar a facadas o irmão José Edno da Silva Arce, 53 anos. O crime ocorreu na tarde do dia 11 de outubro de 2017, na Vila Progresso.
Em depoimento, o pintor automotivo alegou legítima defesa e contou que morava sozinho na casa do pai, na Vila Progresso. Após separar da esposa, José Edno pediu para se mudar para a residência do irmão. Na época, ele já estava se relacionando com outra mulher. ''Eu disse que não queria ninguém lá além dele, mas em seguida a namorada começou a frequentar a casa", disse ao juiz Aluízio Pereira dos Santos.
Segundo o réu, as despesas da casa começaram a aumentar e o irmão achava ruim quando ele fazia cobranças para pagar as contas. No dia do crime, após bebedeira, ele novamente cobrou o irmão e deu início a uma discussão.
Durante a briga, a vítima pegou uma faca e, para se defender, o réu contou que também pegou outra. ''Ele correu atrás de mim. Eu estava com medo, apavorado e acabei caindo. Quando vi, tudo já tinha acontecido", contou.
Após ferir o irmão com três golpes de faca no tórax, José Edgard fugiu. A vítima chegou a ser socorrida pelo Corpo de Bombeiros, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no local. O autor foi preso no mesmo dia em um sítio na saída para Rochedo.
O advogado de defesa do réu, Marlon Ricardo Lima Chaves, disse que ''há elementos o suficiente para comprovar a legítima defesa".
Conforme denúncia do MP/MS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), a briga teria sido motivada por herança. O réu nega.