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quarta, 11 de dezembro de 2019 - 15:45

Advogado diz que decisão do STF retarda prova da inocência de Resende

Em nota, advogado do atual secretário estadual de Saúde diz que denuncia contra Geraldo foi ato de vingança

O ex-deputado federal Geraldo Resende, atual secretário estadual de Saúde, se manifestou através de seu advogado sobre a decisão da 1ª Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) de remeter à Vara Federal em Dourados o inquérito em que é acusado de corrupção no âmbito da Operação Uragano.

Em nota encaminhada ao Campo Grande News, Paulo Lotário Junges afirma que a decisão da mais alta Corte do país irá retardar o reconhecimento da inocência de Geraldo Resende e diz que a denúncia contra ele foi “ato de vingança” tramado pela equipe do então prefeito Ari Artuzi (morto em 2013).

Junges afirma que o agravo regimental negado ontem pelo STF não tratava de aspecto relacionado ao mérito do inquérito, mas dizia respeito apenas a se o caso deveria permanecer sob a presidência do ministro relator Marco Aurélio, ou se deveria ser mandado às instâncias ordinárias.

“Como Geraldo Resende tomou posse no cargo de deputado federal e, em seguida se licenciou para assumir a Secretaria de Estado de Saúde, sua defesa entendeu que era caso de manter o inquérito no STF, visto que sua condição era de deputado federal temporariamente licenciado”, afirma o advogado.

Entretanto, segundo ele, o entendimento da 1ª Turma foi o de que só devem permanecer sob a presidência dos ministros do Supremo os inquéritos relativos a deputados no exercício das funções do mandato. “Foi com tal entendimento que aquela turma do STF determinou a remessa do inquérito para as instâncias ordinárias”.

Junges continua: “a defesa de Geraldo Resende entende que a remessa dos autos para a primeira instância somente irá retardar ainda mais o julgamento, uma vez que tanto o tribunal quanto os procuradores que atuaram no processo já o conheciam. Agora esse conhecimento e entendimento dos fatos terá que ser feito do princípio, na primeira instância”.

O advogado lembra que Geraldo Resende inclusive ganhou ação de reparação de danos morais contra o jornalista Eleandro Passaia, então secretário de Governo da prefeitura e delator da Operação Uragano. “Nesse processo, Passaia foi condenado a indenizar Geraldo Resende por danos morais e acabou pagando a ele R$ 25.000,00 neste ano de 2019”.

Por meio do advogado, Geraldo Resende reafirma sua convicção de sempre ter agido com lisura e que a citação de seu nome por Passaia foi “ato de vingança tramado pela equipe do então prefeito Ari Artuzi contra o então parlamentar pelo fato de não aceitar o uso de emendas parlamentares no esquema de corrupção instalado na Prefeitura de Dourados naquela gestão”.



Fonte: Campo Grande News
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