O governador André Puccinelli participa nesta terça-feira (19), às 10 horas, em Brasília, da Audiência Pública da Comissão de Assuntos Econômicos do Senado (CAE) que discutirá o projeto de unificação das alíquotas interestaduais de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços). O chefe do Executivo sul-mato-grossense falará em nome dos governadores do Centro-Oeste para defender a inviabilidade da proposta de unificar os índices em 4% tanto nos Estados de origem quanto nos Estados de destino de uma mercadoria. Esse modelo acaba com o chamado “diferencial de alíquota”, que hoje garante aos Estados menos desenvolvidos o recebimento de um percentual sobre a transação quando o tributo na origem tem percentual menor que o cobrado em seu território.
“Se ocorresse essa unificação em quatro por quatro, liquidaria o Centro-Oeste. Estamos indo à CAE numa defesa intransigente dos interesses do nosso Estado e do Centro-Oeste”, afirmou Puccinelli em entrevista ontem(18). Conforme o governador, se o novo modelo entrasse em vigor já no próximo ano, o cálculo de prejuízo é de redução de 33% na receita de ICMS de Mato Grosso do Sul; 27% no Estado de Goiás; e 18% no Estado de Mato Grosso.
Ainda conforme Puccinelli, ele pretende mostrar a extensão dos prejuízos que a Lei Kandir causou ao FPE [Fundo de Participação dos Estados] de 2012. Nesse período, o repasse foi apenas 3% acima do de 2011, quando a inflação do período, medida pelo IPCA, foi de 6,15%. “Pretendemos mostrar que neste momento, em que os ‘filhos’, Estados menos desenvolvidos, mais passam por dificuldade, a ‘mãe’ União deve cuidar, e que com a alíquota de quatro por quatro o Centro Oeste é o mais prejudicado.
Como alternativa à unificação da alíquota em 4%, os gestores do Centro-Oeste, Norte e Nordeste propõem uma mudança intermediária, com alíquotas de 7% e 4%, porque consideram que uma redução maior não poderá ser suportada.
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