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quinta, 25 de abril de 2024
quinta, 30 de junho de 2022 - 10:15

Com "Pátria Corrompida" dupla douradense faz críticas ácidas a Bolsonaro

Música da Máfia Green Disk circula nas redes sociais

“Calamidades em todo o Brasil. Governo não presta para auxiliar. O presidente de férias curtindo. A pátria corrompida vai comemorar. Quero um futuro melhor para a família. E que os dias ruins fiquem para trás”. Esses são os versos iniciais da música ´Pátria Corrompida’, da  douradense, Máfia Green Disk, num claro recado ao presidente Jair Bolsonaro que está novamente em visita ao Mato Grosso do Sul.

Os idealizadores da dupla de trap, gênero que se originou do rap no início dos anos 2000 faz combinações com o uso de sintetizadores e melodias desalinhadas e novas onomatopeias e arranjos de música eletrônica. “Estamos na  há apenas três anos e esse é nosso primeiro lançamento, que já está circulando nas redes sociais”, explica Gustavo Ratier, de 21 anos, que faz parceria com Gabriel Braga, 22.

Os dois explicam que a ideia era abordar a realidade que da cidade em que vivem, sob a ótica dos menos favorecidos, como as populações indígenas. “Não dava para ficarmos calados diante do descaso do nosso principal governante em relação à pandemia e principalmente com o sofrimento dos nossos irmãos indígenas”, pondera MC Ratier, como prefere ser chamado.

“Discursos ecoam de falsos cristãos. O dízimo importa mais que orações. Vejo o regresso e a ordem se foi. O presidente com o capuz e a foice. Vou sobreviver até ver você cair. Condenado pelas mortes que fingiu não existir. É um sonho meu e de todos, imagine Bolsonaro acabando igual Mussolini”, diz outro trecho da produção dos douradenses.

MC Ratier fala das influências recebidas de grupos como Racionais, Facção Central, Dk 47 e MV Bill. Em relação à críticas diretas ao presidente da República, não tem travas na língua. “Por conta de todo o descaso que ele fez em um momento que todos mais precisavam, por todos as piadas de mal gosto enquanto pessoas morriam durando a pandemia”, ressalta.

Questionados a respeito do conteúdo pegada política e ao mesmo tempo ácida, MC Braga, explica que a inspiração vem da indignação de crescer no Mato Grosso do Sul, vendo o descaso com a sociedade. “Tudo isso acontece sob os nossos olhares. Dessa forma, entendemos que a música e esse estilo que encontramos é uma forma de nos expressarmos e ao mesmo relatar esse dia a dia”, comenta.



Fonte: Midiamax
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