Vereadores de Campo Grande, que participam de sessão comunitária no distrito de Rochedinho, nesta quarta-feira (27), indicam que estão divididos sobre um dos principais temas da reforma política, que trata do modelo de votação nas eleições. A proposta do chamado distritão foi refutada pelo plenário da Câmara dos Deputados, na noite de terça-feira (26).
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Um dos favoráveis ao atual modelo é Chiquinho Telles (PSD). “Valoriza os partidos do jeito que está, senão quem tem mais dinheiro sempre vai ganhar”, analisa o vereador, que chegou à Câmara Municipal graças à forma de contagem atual, que garante proporcionalidade por legenda partidária.
“Da forma como está depende muito de dinheiro e arranjo, no distritão quem é mais votado é eleito”, se contrapõe Dr. Loester (PMDB). Ele acha o atual modelo injusto.
Para o vereador Gilmar da Cruz (PRB), pessoalmente a ideia do distritão é melhor. Mas, analisando do ponto de vista partidário, o atual modelo é mais recomendado.
“Eu e meu partido defendemos a forma como é atualmente, é muito mais democrático porque faz com que representantes de várias idéias sejam eleitos, defendendo um grupo político”, analisa Luiza Ribeiro (PPS). Pelo distritão, completa ela, a eleição seria individualizada no candidato, diminuindo o aspecto da representação política.
A PEC 182/07, que previa a mudança no modelo de votação, vou reprovada no plenário da Câmara dos Deputados. Obteve 264 votos, frente aos 308 que precisava para passar e seguir ao crivo do Senado.
Dos oito deputados federais de Mato Grosso do Sul, apenas Carlos Marun (PMDB) votou pela mudança. A votação da reforma política segue nesta quarta-feira (27), com temas como financiamento de campanha e restrições às coligações partidárias.
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