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sábado, 27 de julho de 2024
terça, 10 de setembro de 2013 - 10:55

Aplicativos incluem 'autodestruição' de mensagens ao Twitter e ao Facebook

O Snapchat popularizou o conceito de enviar fotos e vídeos que se autodestroem em minutos, e novos aplicativos fazem o mesmo com publicações de redes sociais como Facebook e Twitter.

Smartphones e aplicativos móveis tornaram o compartilhamento de fotos mais rápido e mais fácil do que nunca, mas a privacidade se tornou uma preocupação crescente. Desenvolvedores têm criado novos programas, pois sentem que as pessoas querem controlar quem vê seu conteúdo e por quanto tempo.

"A maioria desses apps efêmeros tem sido voltada para a troca privada de mensagens. Mas isso tem mais a ver com controle do que limpeza das coisas, assim o usuário comum não pode ver o que você postou no passado", disse Pierre Legrain, um desenvolvedor do Spirit, aplicativo que pode deletar automaticamente posts no Twitter.

O Secret.li, para iPhone, permite aos usuários tirar uma foto com seus smartphones e postá-la no Facebook sabendo que ela será automaticamente removida dentro de uma hora, um dia ou semana.

"Publicar é tão fácil, mas privacidade é uma coisa obscura", disse Deepak Touwari, cofundador da Secret.li, baseada em Lausanne, na Suíça.

Após tirar uma foto com o app, usuários podem decidir com quem compartilhá-la e por quanto tempo ela permanecerá visível. Os destinatários verão uma versão escondida ou embaralhada da foto, que pode ser aberta e vista completamente no app do Secret.li. Assim que é deletada, a foto desaparece do Facebook e do Secret.li.

"Vemos isso como uma aplicação de trituração de fotos", disse Touwari, complementando que a motivação por trás do software foi a privacidade. "[Redes sociais] são ótimos arquivos da memória, mas são pobres em contexto."

Outro aplicativo para iPhone e aparelhos com Android, chamado Facebook Poke, criado pelo Facebook, permite aos usuários enviar mensagens, fotos e vídeos a seus amigos e decidir por quanto tempo eles podem vê-los.

O Spirit, aplicativo para Twitter que roda em navegadores lançado na semana passada, deixa os membros do microblog adicionar uma hashtag a seus tuítes para que eles sejam autodestruídos. Os usuários autorizam sua conta e adicionam termos como #30m ou #10d, que deletarão seus tuítes depois de 30 minutos ou 10 dias, respectivamente.

Legrain, um ex-funcionário do Twitter, disse que a motivação por trás do aplicativo também foi a privacidade. Parte do valor do Spirit, ele adicionou, é sua habilidade de filtrar conteúdo que perde precisão ou relevância conforme o tempo passa.

"Se você é um meteorologista ou um homem do tempo tuitando sobre um furacão em formação, você quer que a notícia no Twitter seja relevante e precisa, fazendo com que postagens de meia hora atrás não estejam mais lá", explicou.

Legrain atribui a popularidade desses aplicativos às crescentes preocupações com a privacidade entre os consumidores.

"Com os temores atuais [em relação à privacidade], as pessoas estão pensando no que colocam lá fora e procurando maneiras de ter mais controle", disse. "Elas sentem que agora têm mais controle do que antigamente."

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