No interior de MS, mas precisamente na região norte do estado, ainda é possível encontrar uma comitiva de boiada, sendo transportada nos métodos antigos. No final da semana passada, na BR-359 uma comitiva de boiadeiros, foi vista com destino a Naviraí MS, um meio de transporte que quase não se vê mais, uma cultura que está quase desaparecendo de nossas estradas.
A chegada do progresso, crescimento e desenvolvimento vai dificultando o transporte por comitiva há muitos anos os grandes pecuaristas optavam pelo transporte como uma forma de redução dos gastos e nesse tempo os pastos recuperam as pastagens, na época existiam muitas estradas boiadeiras.
No Comando desta comitiva estava o capataz Benedito (50), que faz este trabalho desde os 12 anos de idade, e que essa é a sua única profissão e não sabe fazer outra coisa a não ser trabalhar no ramo pecuário.
Transportando um lote de 1.110 cabeças de bois, o Capataz afirmou que viagem é de 70 macha (dias), até o seu destino Naviraí - MS, a comitiva era composta de 07 companheiros (boiadeiro/peão
como é formado uma comitiva?
Numa comitiva, cada cavaleiro tem o seu papel, uma função que desempenha durante a cavalgada. Á frente vai o cozinheiro levando no lombo de uma tropa de burros todos os utensílios e mantimentos para as refeições diárias da peonada. Ele é responsável por “queimar o alho” como dizem popularmente os integrantes da comitiva.
Depois dele, normalmente umas três horas atrás vai o ponteiro, peão experiente que conduz a marcha pelas estradas e atalhos que normalmente conhece como a palma da mão.
Ponteiro é também o tocador do berrante e quem determina a velocidade da viagem.
O comissário, chefe da comitiva acompanha a todos, inclusive os peões da culatra que vão atrás da boiada. Os rebatedores são os responsáveis por não deixar o gado se espalhar e os da culatra manca são os que ficam para trás para cuidar do gado que, por algum motivo retardou na viagem.
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