prefeito Marquinhos Trad (PSD) declarou, nesta quarta-feira (16), não ter opinião formada sobre a eventual mudança no nome da Avenida Ernesto Geisel, em Campo Grande. Medida foi requerida pelo Comitê Memória, Verdade e Justiça de Mato Grosso do Sul.
"Não tenho opinião formada sobre isso", declarou Trad, em ação da Caravana da Saúde na Escola Municipal Brígida Ferraz Soss. "O que a população decidir será feito, a gente sempre democratizou o debate". Declaração ocorreu depois do prefeito ser oficiado pelo comitê.
Houve pedido, na sexta-feira (11), para que o município cumpra a lei municipal 5.820/2014, que proíbe o batismo de logradouros públicos com nomes de torturadores ou pessoas que tenham cometido atos de “lesa humanidade” e corrupção.
Um memorando da CIA, a agência de inteligência norte-americana, revelou que o general Ernesto Geisel autorizou o assassinato de opositores no período em que foi presidente do país entre 1974 e 1979. Nem todos os registros, no entanto, foram tornados públicos.
Para o ativista da comissão, Haroldo Borralho, a legislação não promoveu as alterações esperadas. A renomeação de ruas e avenidas, debatida a mais de uma década, deveria abranger ainda a Costa e Silva e Presidente Castelo Branco.
"Seria preciso um levantamento mas, de início, focaríamos nos mais ‘conhecidos’", destacou Borralho, lembrando que tentativas de mudança ocorreram anos atrás quando o ex-vereador Silvio Nucci tentou renomear a Ernesto Geisel para Plínio Barbosa Martins.