Morreu no domingo o sambista, compositor e radialista, Luis Cesar de Almeida Lourenço, de 64 anos, mais conhecido por Cesar Pinguim. Ele era conhecido como um dos mais importantes nomes do samba regional e morreu nas ruas, após sofrer um enfarto.
Apesar de ser pai de quatro filhos, de dois casamentos, o primeiro a saber da perda foi o amigo, aposentado, Alfredo Gonçalves Pinto, que ofereceu moradia para Pinguim, no início do ano, em sua casa, no bairro Caruara, em Santos. “Me ligaram domingo à tarde do Pronto Socorro Central, perguntando se eu o conhecia, pois ele havia falecido. Eles disseram que meu telefone estava na carteira dele”.
Alfredo diz ainda que Pinguim era um homem sem vícios em bebidas, e em drogas. Era um apaixonado pela arte do samba e queria voltar a tirar seu sustento disso.
Para ele, a ida do amigo às ruas deve ter sido causada por depressão, por não ter conseguido se manter trabalhando com o que gostava.
O empresário e compositor Geraldo Pierotti diz que a amizade com Pinguim começou no Carnaval. Cada um representava uma escola, ele a Império do Samba e Cesar, a X-9.
Apesar da rivalidade no samba, o respeito entre os dois era muito grande e com o tempo o amizade também foi crescendo cada vez mais.
“Em 1986 eu fiz um samba para o Bola Alvinegra (do Santos F.C), e ele me ajudou a puxar o enredo, já que o bloco vinha com algumas dificuldades e sem um puxador (interprete). Até então eu era somente compositor. Então a partir dai nossa amizade só aumentou”. O corpo de Cesar Pinguim foi enterrado no cemitério da Areia Branca, na tarde desta segunda-feira.
A Tribuna
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