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quarta, 11 de setembro de 2013 - 08:30

Síria afirma estar disposta a entregar armas químicas e aderir a convenção

A Síria está disposta a mostrar suas armas químicas à comunidade internacional e a abandonar a produção delas, disse nesta terça-feira (10) o ministro de Relações Exteriores do país, Walid al-Moualem.

"Estamos dispostos a anunciar onde se encontram as armas químicas, cessar a produção e mostrar as instalações aos representantes da Rússia, de outros países e da ONU", disse o chanceler.

"Queremos nos unir à Convenção para a Proibição das Armas Químicas. Vamos respeitar nossos compromisso dentro desta Convenção, incluindo a divulgação de informações sobre estas armas", explicou.

Mais cedo, ele já tinha dito que a Síria aceitava a proposta russa de colocar suas armas químicas sob controle internacional.

A proposta russa pode evitar o possível ataque militar dos EUA ao regime do presidente sírio Bashar al-Assad, acusado pelos EUA e seus aliados de ter matado ao menos 1.429 civis com um ataque químico, nos subúrbios de Damasco, em 21 de agosto.

Assad nega responsabilidade e acusa pelo ataque os rebeldes que tentam derrubar seu governo, em uma sangrenta guerra civil que já matou mais de 110 mil pessoas em 30 meses.

Os EUA afirmam que levam a proposta russa a sério, mas advertem para que ela não seja usada como "manobra protelatória".

O Conselho de Segurança da ONU faria uma reunião de emergência nesta terça para discutir a crise, mas ela foi adiada até segunda ordem, segundo diplomatas.

A recepção favorável reservada por Washington à iniciativa russa parece distanciar a perspectiva de ataques contra o regime sírio, acusado de um ataque químico.

O primeiro-ministro sírio, Wael al-Halaqi, ressaltou nesta terça-feira que Damasco apoia a proposta russa com o objetivo de evitar uma ofensiva americana.

"O apoio do governo à iniciativa russa traduz nossas preocupações com a vida dos cidadãos e com a segurança da Síria, e tem como objetivo impedir uma guerra que poderá ter consequências mais além da região", declarou Halaqi, citado pela agência nacional síria Sana.

"O povo sírio quer sair da crise atual para um diálogo nacional, e recebe favoravelmente qualquer iniciativa que vá nesta direção, principalmente a de Genebra 2", acrescentou Halaqi.

Ele se referiu, com isso, a uma conferência de paz internacional sobre a Síria, que Moscou e Washington tentam organizar, visando a reunir rebeldes e regime em negociações.
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