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sábado, 27 de julho de 2024
quarta, 31 de outubro de 2012 - 17:40

Trabalhos da CPI devem ser adiados por 48 dias

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) mista que investiga as relações criminosas de Carlinhos Cachoeira deve ser prorrogada por mais 48 dias. Com isso, os trabalhos vão até 22 de dezembro, quando termina a sessão legislativa de 2012. O número mínimo de assinaturas necessárias para a proposta já foi obtido pelos parlamentares da base governista, o pedido foi oficialmente apresentado à Mesa do Congresso Nacional e basta que seja lido em Plenário para que o prazo seja automaticamente estendido.

- O pedido já foi apresentado e creio que nesta quarta-feira mesmo pode ser lido pelo presidente Sarney no Plenário do Senado - afirmou o relator Odair Cunha (PT-MG).

A decisão provocou a revolta dos parlamentares que defendem 180 dias de prorrogação. Os senadores Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) e Alvaro Dias (PSDB-PR) acreditam até que não conseguirão as assinaturas necessárias para a obtenção de um tempo mais dilatado.

Para Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), foi o “molho da pizza” servida pela comissão de inquérito. Alvaro Dias, por sua vez, lamentou a chance perdida pelo Congresso de recuperar a “credibilidade” da instituição.

- Os parlamentares se transformaram em verdadeiros pizzaiolos. Hoje foi decretado o sepultamento da CPI, com este enterro medíocre. Não temos mais esperança. O governo passou o rolo para valer, tem maioria esmagadora e a prorrogação de 48 dias significa o fim da CPI agora, pois não há tempo de receber mais informações nem disposição para mais quebras de sigilo. Isso confirma que o propósito desta CPI desde o início foi atacar o PSDB e não investigar este monumental escândalo de corrupção – afirmou o parlamentar tucano.

O senador Pedro Taques (PDT-MT) também não concordou com a prorrogação de 48 dias e afirmou que a comissão está “jogando o lixo para baixo do tapete”. O parlamentar é um dos que defendem novas quebras de sigilos bancários, fiscais e telefônicos de dezenas de empresas que teriam recebidos recursos públicos supostamente desviados pela empreiteira Delta.


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