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sexta, 6 de setembro de 2013 - 15:30

Última testemunha viva do suicídio de Hitler morre aos 96 anos

Morreu nesta sexta-feira aos 86 anos em Berlim Rochus Misch, ex-guarda-costas do presidente alemão Adolf Hitler. Ele era a última testemunha viva do suicídio do mandatário e de sua esposa, Eva Braun, em um bunker da capital alemã, em 1945.

Misch sofria com as complicações de um acidente vascular cerebral, segundo Michael Stehle, detentor dos direitos de um livro publicado em 2007, no qual Misch descreveu seus anos ao lado de Hitler. A obra deverá ser publicada em inglês nas próximas semanas e teve prefácio escrito pessoalmente pelo escudeiro.

Pintor de parede, Rochus Misch se juntou muito jovem a SS, organização ligada ao partido de Hitler. Ele serviu ao "Führer" até 2 de maio de 1945, três dias após ter se suicidado, de modo que foi um dos últimos a ver o corpo do presidente.

"Hitler, sentando em uma poltrona, estava caído em sua mesa e Eva Braun estava deitada ao seu lado. Eu o vi com os meus próprios olhos", declarou Misch à agência de notícias AFP em uma entrevista em 2005.

Aprisionado pelos russos, Misch passou oito anos em campos no Cazaquistão e na Sibéria antes de retornar a Berlim em 1953 e retomar seu trabalho como pintor. No setor oeste da capital alemã, Misch trabalhou em uma loja de pintura até sua aposentadoria.

Ele nunca se afastou verdadeiramente do nacional-socialismo, e continuava a descrever Hitler, a serviço do qual esteve a partir de 1940, como alguém "amável" e "gentil". No entanto, reconheceu e condenou as mortes em campos de concentração.

"Agora estou bem informado", disse em 2009. "Está claro que aconteceram coisas horríveis. Não há desculpa possível, houve campos de concentração. Isso não é possível negar".

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