Varíola dos macacos: Novembro registrou menos da metade das notificações do mês anterior

Dados da SES (Secretaria Estadual de Saúde) apontam queda acentuada no número de notificações da varíola dos macacos em Mato Grosso do Sul. O grupo inclui casos confirmados e descartados da doença. Em novembro, a quantidade foi menos da metade que o total registrado em outubro.

No Estado, a primeira notificação da doença foi em maio deste ano, quando um paciente foi apontado como caso suspeito. Depois disso, julho teve duas notificações, agosto saltou para 131 e setembro 182, demonstrando aumento potencial na curva. Nesse período também foi identificada a maior quantidade de testes positivos da nova varíola. 

Já em outubro, houve queda nos números e início da tendência de controle da doença, quando o Estado contabilizou 125 notificações. Agora, o mês de novembro termina com 48 notificações. 

O número de casos confirmados também aparece em estabilidade e, até agora, 159 pessoas tiveram diagnóstico positivo. O balanço conta ainda com cinco casos prováveis e apenas oito em investigação, mais uma vez demonstrando queda na procura de pacientes pelas unidades de saúde, relatando sintomas da doença. 

Dos confirmados, 87,8% são homens e 12,2% mulheres. Os diagnósticos são de Campo Grande, Dourados, Itaquiraí, Aparecida do Taboado, Costa Rica, Aquidauana, Ponta Porã, Três Lagoas, Maracaju, Jardim, Chapadão do Sul, Miranda, Sidrolândia, Paranaíba e Bonito. 

A maioria dos pacientes tem entre 20 e 39 anos e entre os principais sintomas apontados estão ferida na pele, lesão peniana e febre súbita. 

Monkeypox

A doença é causada pelo vírus Monkeypox do gênero Orthopoxvirus e família Poxviridae. Embora receba a nomenclatura de “varíola dos macacos”, o atual surto não tem a participação de macacos na transmissão para seres humanos. Todas as transmissões identificadas até o momento pelas agências de saúde no mundo foram atribuídas à contaminação entre pessoas.

Os sintomas mais comuns da varíola dos macacos são: erupção cutânea ou lesões espalhadas pela pele; adenomegalia/linfonodos inchados, também conhecidos como ínguas; dor de cabeça; calafrios e fraqueza. Quem apresentar quaisquer sintomas deve procurar uma unidade de saúde.  

Para quem testou positivo, a conduta recomendada é a manutenção do isolamento até desaparecimento das crostas e a completa cicatrização da pele, sem a necessidade de um novo teste.

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