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sábado, 27 de julho de 2024
quarta, 11 de setembro de 2013 - 09:00

Fatores psicológicos podem causar ou agravar doenças de pele, afirma dermatologista

Caspa, psoríase, vitiligo, manchas, acnes e dermatites são algumas das condições desencadeadas por fatores emocionais.

“As psicodermatoses referem-se a qualquer doença que afeta a pele diretamente devido a fatores psicológicos, que exercem um papel significativo.

O sistema nervoso central e a pele têm a mesma origem embrionária, então é comum a relação dos dois.

O estado emocional pode tanto causar doenças como agravá-las”, explica a dermatologista Márcia Senra, especialista no assunto que atua no Hospital Federal de Ipanema/RJ.

Segundo a especialista, quem sofre com estresse, ansiedade, depressão, transtorno obsessivo-compulsivo, esquizofrenia, hipocondria e traumas psicológicos pode sofrer com o problema.

“A primeira coisa a ser feita é afastar as causas orgânicas, como problemas de circulação, reação medicamentosa ou problemas de sangue. Só depois serão avaliados fatores psicológicos.

O dermatologista tem que trabalhar em conjunto com o psicólogo para descobrir a causa.

Os quadros mais comuns são a automutilação, dermatites atópicas, arrancar os cabelos, acnes, psoríase, vitiligo, manhas e escamação.

Todos esses sintomas são agravados pelo estado emocional do paciente”, alerta.

Algumas dessas doenças, como a urticária, o prurido e o vitiligo, apesar de poderem ser potencializadas por distúrbios emocionais, só se manifestam em pessoas com predisposição familiar. “A vitiligo é altamente genético, mas pode está relacionado a algum fator psicológico”, diz Márcia.

Livre das psicodermatoses
O tratamento da condição psicológica pré-existente traz benefícios na grande maioria dos casos. “Nos quadros em que o distúrbio psiquiátrico é a causa da doença, esse tratamento em conjunto é indispensável.

O dermatologista vai ter um olhar diferenciado, vai buscar descobrir qual ponto de partida desta psicodermatoses”.

Caso o especialista perceba que o problema é realmente psicológico, deve encaminhar o paciente para uma consulta psiquiátrica.

Segundo a dermatologista, é muito importante que se tenha clínicas dermatológicas trabalhando em conjunto com os serviços de psicologia.

“Esse trabalho vai ajudar no diagnóstico e principalmente no tratamento dos pacientes.

Se esses quadros não forem convenientemente tratados, essas alterações mantêm o problema na pele sem regressão.

Além disso, é importante saber lidar com os efeitos psicológicos, para conseguir um estilo de vida melhor e evitar principalmente que as doenças de pele apareçam”, finaliza.

Evite o estresse:
Mantenha uma alimentação adequada;

Pratique atividades físicas;

Descanse;

Medite. (Ministério da Saúde
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