Anderson Ricardo de Arruda Silva, de 27 anos e um adolescente de 16 anos, suspeitos de envolvimento no latrocínio do técnico agropecuário Carlos Guilherme dos Santos Bertoldo, 30 anos, no último dia 24, foram apresentados no final da manhã desta segunda-feira (1), na Delegacia Especializada em Roubos e Furtos (Derf).
O advogado da dupla, Marcos Ivan Silva alega que eles não tiveram participação no crime, mas estavam escondidos porque se apavoraram depois de saber que a família da vítima poderia mandar matá-los por suspeitar do envolvimento deles no caso.
Ainda conforme a defesa de Anderson e o menor, ambos ficaram com uma moto utilizada por Willian de Jesus Santos, 22 anos, e Bimbim, momentos antes do latrocínio. Os dois disseram ainda que só souberam a dimensão do caso no dia seguinte, por meio da imprensa.
CASO
Carlos Guilherme foi morto com um tiro no peito ao reagir a um assalto no último dia 24, em Campo Grande.
De acordo com Reginaldo Salomão, da Derf, Carlos Guilherme e a esposa estavam na Avenida Duque de Caxias, em frente ao Aeroporto da Capital. A vítima estava no carro da família e esperava o ônibus que levaria a esposa para Aquidauana. Quatro homens chegaram, em duas motos, e abordaram o casal.
Anderson e um menor eram os condutores das motos. Willian e um homem identificado apenas como Bimbim desceram e anunciaram o assalto. Carlos Guilherme passou a entregar os pertences.
Os autores já estavam dentro do carro, quando Willian tentou puxar a esposa da vítima pelo braço, na tentativa de obrigá-la a entrar no veículo. Foi quando Carlos Guilherme pegou um facão de dentro do veículo e golpeou o braço de Willian.
A dupla desceu do carro e lutou com Carlos Guilherme, desistindo do roubo. Willian e Bimbim correram para fugir e o técnico agropecuário jogou o facão contra os autores. Willian então virou para trás e disparou cinco tiros, atingindo a vítima no coração.
Willian chegou a ser detido, no Jardim Carioca. Ele estava com o braço enfaixado, tinha escoriações, foi reconhecido pela esposa de Carlos Guilherme, no entanto, a Justiça negou os dois pedidos de prisão feitos pelo delegado Reginaldo Salomão.