“Em outubro e dezembro Governo Central terá resultados primários muito fortes”.
Em setembro, o Governo Central (Banco Central, Tesouro Nacional e Previdência Social), apresentou superávit primário de R$ 1,3 bilhão, contra R$ 1,6 bilhão em agosto.
O resultado é decorrente de receitas primárias de R$ 70,4 bilhões e despesas de R$ 69,2 bilhões.
No acumulado do ano, o superávit é de R$ 54,8 bilhões, contra R$ 75,3 bilhões de janeiro a setembro de 2011, ou seja, uma redução de R$ 20,5 bilhões no período.
Em doze meses o resultado primário é de R$ 73 bilhões, equivalente a 1,7% do PIB.
Com relação à meta quadrimestral, o Governo Central realizou, até setembro, 56% (R$ 54,3 bilhões) da meta prevista para 2012 (R$ 97 bilhões).
Ao comentar o resultado do mês passado, o secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, destacou o aumento de 0,2% e de 4,9% das receitas e das despesas acima do PIB nominal, respectivamente.
Ele enfatizou ainda a redução de 3,2% dos gastos de pessoal o crescimento de 15,6% das despesas de capital (investimento).
O investimento total até setembro totalizou R$ 45,2 bilhões, um incremento de 23,3% em relação a janeiro/setembro de 2011 (R$ 36,7 bilhões).
Já os investimentos do PAC (em valores pagos) aumentaram 35,1% até setembro, com um volume de R$ 24,3 bilhões ate R$ 18 bilhões no ano passado.
Sobre a queda do superávit no acumulado do ano, Arno Augustin explicou que ele foi impactado pela queda nas receitas em função da desaceleração econômica.
A expectativa do Tesouro Nacional, no entanto, é que ainda esse ano haja uma recuperação das receitas, quando as medidas adotadas pelo governo, especialmente de incentivo aos investimentos, começaram a ter maior efeito sobre a economia.
O secretário mantém, ainda, a estimativa de cumprimento da meta cheia do superávit primário previsto no decreto de programação orçamentária, de R$ 139,8 bilhões (3,1% do PIB).
“O decreto mantém a meta cheia. Evidentemente que os resultados não foram tão fortes em agosto e setembro, mas em outubro e dezembro vamos ter primários muito fortes”, disse Augustin.
Segundo ele, o resultado melhor será possível principalmente em razão de receitas maiores, como antecipação de pagamento da previdência.
“O mês de outubro, por exemplo, é cabeça de pagamentos trimestrais. A programação do decreto é nesse sentido”, citou.
Arno Augustin lembrou ainda que o governo está priorizando a retomada do crescimento, porém o impacto dessa recuperação sobre a receita ainda está sendo avaliado. “Tomamos medidas para melhorar e economia que demoram a surtir efeito.
Não é tarefa simples prever o mês em que a receita vai se recuperar. Mas nós mantemos a expectativa de melhoria da receita ainda esse ano. Reordenamos receitas e despesas a cada mês”.
O secretário informou ainda que o governo está melhorando a qualidade dos gastos públicos e acrescentou que antecipou a compra de equipamentos (R$ 8 bilhões do PAC Equipamentos já estão comprometidos em quase sua totalidade para esse ano) para recuperar a economia.
Augustin destacou ainda que o governo continua com a política de reduzir gastos de custeio e ampliar as despesas com investimentos, inclusive com saúde, educação e programas sociais.
“A prioridade é aumentar investimento, mesmo naquilo que é mais cronológico, com prazo menor, como a compra de equipamentos.
Já na nossa política de longo prazo está claro que a consolidação fiscal no Brasil veio para ficar”.(Ministério da Fazenda)
Veja TambémComentários