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segunda, 11 de dezembro de 2017 - 15:20

Futuro ministro de Temer, Marun deve pedir indiciamento de Janot em CPI

"Há evidências de que o objetivo era a deposição do presidente"

Prestes a assumir o cargo de ministro da Secretaria de Governo, o deputado Carlos Marun (PMDB) apresenta nesta terça-feira (12) à CPI da JBS seu parecer em que pretende pedir o indiciamento da antiga cúpula da PGR (Procuradoria-Geral da República).

Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, o parlamentar por Mato Grosso do Sul disse que deverá pedir o indiciamento do ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e de Eduardo Pelella, chefe de gabinete braço direito de Janot, e o ex-procurador Marcello Miller.

Marun alega ter ficado evidente que houve "orientação de membros da antiga cúpula da Procuradoria-Geral da República para que pessoas com foro privilegiado fossem investigados sem autorização do STF [Supremo Tribunal Federal]". Entre eles o presidente Michel Temer e o senador Aécio Neves.

"Há evidências de que o objetivo maior de tudo isso era a deposição do presidente da República para que o procurador-geral da República controlasse sua sucessão ou fosse seu próprio sucessor", avalia Marun.

 

 

O relator da CPI deve recomendar o cancelamento dos benefícios obtidos por causa da delação premiada dos irmãos Joesley e Wesley Batista e de Ricardo Saud, executivos da JBS. "Quanto à recomendação do fim dos benefícios é porque, antes de mais nada, é evidente a participação do procurador Marcello Miller neste processo. Um procurador da República orientando ativamente os delatores na promulgação do acordo", disse Marun.

A CPI tem como objetivo investigar "irregularidades envolvendo as empresas JBS e J&F em operações realizadas com BNDES e BNDES-PAR ocorridas entre os anos 2007 a 2016" e os "procedimentos do acordo de colaboração premiada celebrado entre o MPF e os acionistas da empresas JBS e J&F".

A entrega do relatório é a última missão de Marun como deputado antes de assumir a Secretaria de Governo, na quinta-feira (14), no lugar do tucano Antonio Imbassahy, que pediu exoneração na sexta-feira passada (8).



Fonte: midiamax
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