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quinta, 25 de abril de 2024
quarta, 8 de setembro de 2021 - 11:25

Tenente-coronel presta depoimento e nega homofobia a capitão em Campo Grande

Caso de homofobia havia sido denunciado pelo Capitão no MPMS (Ministério Público Estadual)

Prestou depoimento na manhã desta quarta-feira (8), na Corregedoria da Polícia Militar, o tenente-coronel acusado de homofobia por um capitão da PMMS (Polícia Militar de Mato Grosso do Sul), que acabou preso por ‘virar as costas para o superior’, em julho deste ano.

O advogado do tenente-coronel, Rafael Toledo, disse ao Jornal Midiamax que seu cliente está tranquilo e o que aconteceu foi um mal entendido por parte do capitão. Toledo ainda falou que o tenente-coronel afirmou não ter tido nenhuma atitude homofobica e que no dia do fato havia testemunhas na sala que podem comprovar a situação.

O capitão acabou preso no dia 8 de julho depois de ter supostamente ‘virado as costas para um superior’. O superior na ocasião dos fatos seria o tenente-coronel que havia sido denunciado pelo colega de farda por homofobia. Em audiência de custódia, o capitão teve sua prisão relaxada ganhando a liberdade.

A prisão ocorreu durante uma reunião em que mais dois militares foram convidados a participar, sendo que o capitão havia afirmado que não falaria de nada que fosse além do trabalho. O advogado do capitão, Anderson Yukio, disse ao Jornal Midiamax, na época que o seu cliente não deu as costas para o superior quando recebeu a voz de prisão por insubordinação. 

“Ele nem chegou a levantar da cadeira quando o coronel mandou prendê-lo”, disse o advogado. O capitão havia feito uma denúncia junto ao MPM contra seu superior pelo crime de homofobia, e, segundo o advogado, mesmo com o caso em segredo, havia boatos na seção onde o militar trabalhava sobre a denúncia, o que teria provocado a reunião com o coronel. 

‘Vida pessoal’

Em seu relato, o capitão disse que se sentia extremamente constrangido por relatar a sua vida pessoal e que jamais pretendeu enfrentar um processo tão grande de exposição, já que, durante a reunião, o superior queria falar sobre assuntos relativos à vida pessoal dele. Já em seu relato, o coronel alvo da denúncia disse acreditar que o capitão era heterossexual, já que tinha conhecimento que ele havia sido casado com uma mulher, e nunca havia ouvido no ambiente de trabalho alguém comentar sobre a sua orientação sexual. 

Um áudio, que havia circulado em WhatsApp, pejorativo contra homossexuais no grupo da Polícia Militar teria sido o gatilho para que o capitão fizesse a denúncia junto ao MPM. 

Na época da denúncia, a assessoria de comunicação da PM, informou ao Jornal Midiamax que um pedido para se ter acesso a essa denúncia feita pelo capitão junto ao MPM foi feito e que o caso seria investigado. De acordo com a assessoria, não havia conhecimento de que uma denúncia pelo crime de homofobia havia sido feita. 



Fonte: Midiamax
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